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Design Thinking vs. Behavioral Design


O Design Thinking e o Design Comportamental são abordagens distintas, porém podem ser usadas de forma complementar. Quando combinadas, ajudam as organizações a criarem melhores produtos, serviços e experiências para seus usuários.


🧠 O que é Behavioral Design?


  • Já vimos que a abordagem baseada na ciência comportamental, ou Behavioral Design, se concentra no entendimento do comportamento humano e nos fatores psicológicos, sociais e contextuais que influenciam decisões e ações. Usando princípios da psicologia, economia comportamental e outras disciplinas, ela busca prever o comportamento dos usuários e ajudá-los no seu processo decisório. O objetivo é entender por que as pessoas tomam certas decisões e usar essas informações para guiar o desenho (ou otimização) de novos (ou existentes) produtos, serviços e experiências que atendam melhor às necessidades humanas, reduzindo barreiras comportamentais e promovendo as interações desejadas.


💡O que é Design Thinking?


  • Por outro lado, Design Thinking é uma abordagem centrada na resolução de problemas de forma criativa e colaborativa a partir de pesquisa explotarória e empatização com o usuário. Ele se destaca por suas etapas iterativas (imersão, ideação, prototipagem e teste) que focam na criação de soluções inovadoras para desafios complexos. O Design Thinking valoriza a compreensão profunda das necessidades do usuário e a prototipagem rápida para validar ideias.



 

Como Integrar Essas Duas Abordagens?

Combinar técnicas do Behavioral Design e do Design Thinking pode potencializar a capacidade de criar soluções mais eficazes e intuitivas. Entre algumas formas de combinar essas abordagens estão:


  1. Incorporação do Diagnóstico Comportamental Baseado em Evidênicia Científica: Ao adicionar insights comportamentais ao processo de Design Thinking, como tendências de decisão e padrões de comportamento baseados na literatura científica, é possível entender melhor as motivações e barreiras por trás das decisões dos usuários. Isso leva a decisões de design mais informadas e personalizadas, garantindo que as soluções sejam não apenas desejáveis, mas também efetivas no mundo real​.


  2. Foco em Comportamentos Específicos: Enquanto o Design Thinking incentiva a geração de ideias amplas, o Behavioral Design pode guiar a priorização dessas ideias com base em comportamentos concretos e específicos que se deseja modificar ou reforçar. Por exemplo, ao criar uma interface digital, o foco sobre como as pessoas processam visualmente as informações (como cores, movimentos e formas) podem ser utilizados para capturar melhor a atenção do usuário e facilitar a navegação, com o objetivo de gerar uma ação específica (nesse caso um clique na página por exemplo).


  3. Experimentação e Prototipagem: A abordagem de prototipagem do Design Thinking pode ser enriquecida com o pensamento científico no que tange à realização de testes randomizados controlados (randomized controlled trials - RCTs) ou testes A/B a partir de hipóteses comportamentais. Isso permite ajustes precisos baseados em gatilhos psicológicos e preferências relevadas pelo usuário. Dessa forma, soluções podem ser iteradas e refinadas de maneira que não apenas funcionem, mas também engajem e influenciem positivamente o comportamento do usuário​.


 

🤯 O que pode vir a ser o "Behavioral Design Thinking"?

Um estudo de 2022 buscou entender como as duas abordagens poderiam ser usadas em conjunto para o desenvolvimento de intervenções de saúde no contexto digital. Os pesquisadores realizaram uma análise de 75 artigos de ambas perspectivas e chegaram a 5 etapas para uma abordagem conjunta de um Behavioral Design Thinking:


  1. Empatizar com a realidade dos usuários e suas necessidades de mudança comportamental,

  2. Definir os objetivos comportamentais concretos e os requisitos para que ocorra,

  3. Idear baseando-se em características centradas no usuário e ténicas de mudança comportamental

  4. Criar protótipos de uma solução centrada no usuário que apoie a mudança comportamental buscada

  5. Testar a solução em relação às necessidades dos usuários e ao seu potencial de impacto sobre o objetivo comportamental.


(Voorheis et al. 2022)



Conclusão Enquanto o Design Thinking fornece uma estrutura criativa e centrada no usuário, a abordagem comportamental oferece a profundidade necessária para entender e prever o comportamento humano. Combinando esses dois campos, empresas podem criar produtos e serviços que são inovadores, intuitivos e mais eficazes em atender às necessidades reais dos usuários. A integração das duas abordagens permite uma visão mais holística, desde a empatia com o usuário até a aplicação de insights científicos para moldar comportamentos desejados e melhorar a experiência geral.



 

 

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